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Almeida Junior, A Leitura (1892)

Dimensão original: (141×95)cm

Ainda no final do século XIX, quando as características acadêmicas predominavam na arte brasileira, Almeida Júnior foi o primeiro a pintar o homem do campo, seu ambiente, os costumes e o modo de vida interiorano. A obra do pintor mostra a vida do homem brasileiro que trabalha e vive na terra. O quadro Leitura registra o esforço pela modernização de São Paulo. É possível ver em volta do solário onde a modelo lê grandes grades de ferro, material que começava a ser utilizado, com a Revolução Industrial. Na casa da frente é possível ver um toldo listrado; a varanda é uma representação do limbo entre o fora e o dentro de casa, ou seja: a mulher poderia ver a rua e ser vista sem sair de casa.

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Dimensão original: (141×95)cm  Óleo sobre tela. Em exibição no: Pinacoteca do Estado de São Paulo


• Tela Canvas para quadros decorativos 
• Edição limitada: 175 exemplares

Almeida Júnior (1850-1899) foi um pintor e desenhista brasileiro. O dia do artista plástico é comemorado em 8 de maio, dia do nascimento do pintor. Foi o primeiro pintor a retratar em seu trabalho o tema regionalista.

José Ferraz de Almeida Júnior nasceu em Itu, São Paulo, no dia 8 de maio de 1850. Logo cedo, mostrou sua vocação para a pintura. Recebeu o incentivo do padre Miguel Correia Pacheco, pároco da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, onde Almeida Júnior pintou algumas obras sacras.

Com a ajuda do padre Miguel, em 1869, com 19 anos, Almeida Júnior foi para o Rio de Janeiro para estudar na Academia Imperial de Belas Artes. Foi aluno dos pintores, Pedro Américo, Jules Le Chevrel e Victor Meireles. Durante o curso, recebeu diversas premiações.

Em 1874, recebeu sua primeira medalha de ouro durante a Exposição Geral de Belas Artes na Academia Imperial, com a obra “A Ressurreição”.

Após concluir o curso na Academia, Almeida Júnior retornou para Itu, onde abriu seu ateliê, passando a trabalhar como retratista e professor de desenho.

Em 1876, o imperador D. Pedro II, admirado com o trabalho de Almeida Júnior, resolveu financiar seus estudos em Paris. No dia 4 de novembro de 1876, Almeida Júnior embarca no navio Panamá, com destino à França.

Instalado no bairro parisiense de Montmartre, matriculou-se na École National Supérieure des Beaux-Arts. Foi aluno de Alexandre Cabanel e de Lequien Fils.

Entre 1879 e 1882, participou de quatro edições do Salão de Paris. Durante esse período, produziu verdadeiras obras-primas, entre elas, “Remorso de Judas”, “A Fuga do Egito”, “Perfil de Mulher” e “O Derrubador Brasileiro”.

Almeida Júnior viveu em Paris até 1882. Esteve também na Itália, onde permaneceu por curta temporada, quando entrou em contato com grandes pintores. De volta ao Rio de Janeiro, ainda em 1882, realizou uma exposição na Academia Imperial de Belas Artes, reunindo suas obras produzidas em Paris.

Em 1883 abriu seu atelier em São Paulo, onde além de formar grandes nomes da pintura, realizou várias exposições. Em 1884 recebeu o prêmio concedido pelo governo Imperial, “A Ordem da Rosa”.

Em 1886, o pintor Victor Meireles o convidou para ocupar sua vaga de professor de pintura histórica na Academia Imperial, mas o artista optou por permanecer em São Paulo.

Seus trabalhos mais representativos encontram-se na Sala Almeida Júnior da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Nas obras do artista estão os grandes temas do cotidiano do homem caipira e a vida comum das pessoas, onde mostra uma clara quebra de paradigmas ao rejeitar o estilo acadêmico da época.

Com a obra, “Derrubador Brasileiro” o artista deu os primeiros indícios do gosto pela temática caipira, mas foi somente na última década de sua vida que Almeida Júnior fez um conjunto de telas de temática regionalista, que iria consagrá-lo na história da pintura brasileira. Entre elas: “Caipira Negaceando”, “Amolação Interrompida”, “Apertando o Lombilho” e “Violeiro”.

Almeida Júnior faleceu em Piracicaba, São Paulo, no dia 13 de novembro de 1899, ao ser apunhalado em frente do Hotel Central de Piracicaba (já demolido), por José de Almeida Sampaio, seu primo e marido de Maria Laura, com quem o pintor manteve um longo e secreto relacionamento.

Peso 500 g
Dimensões 100 × 10 × 10 cm

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