Óleo sobre tela. Em exibição no: National Museum of Western Art – Tokyo Japan
•Tela Canvas para decoração •Edição limitada: 375 exemplares
Gustave Courbet (1819-1877) foi um pintor francês, um dos pioneiros da pintura realista no século XIX, que procurou retratar o cotidiano de forma imparcial e objetiva, evitando as pinceladas intensas e dramáticas dos românticos.
Jean Désirè Gustave Courbet nasceu em Ornans, interior da França, no dia 10 de junho de 1819. Filho de ricos proprietários rurais, desde cedo mostrava interesse pelo desenho e pela política, influenciado por seu avô que externava um forte sentimento republicano. Com 12 anos, ingressou no Seminário de Ornans, onde iniciou seus primeiros estudos de artes. Em seguida, entrou para uma escola em Besançon, onde deu continuidade às aulas de desenho.
Em 1839, Courbet vai morar em Paris, para dar continuidade aos seus estudos. Frequentou o estúdio do pintor Charles Steuben. Fazia visitas ao Museu do Louvre onde apreciava as obras de grandes pintores. Nessa época, a França vivia momentos de efervescência política, social e artística. Por volta de 1840, Courbet passa a frequentar os cafés de Paris, que reuniam um grupo artistas franceses, que reagiam contra a subjetividade, individualismo e obsessões históricas dos românticos que retratavam cenas bíblicas e mitológicas, passando a adotar um estilo baseado na lealdade da natureza. Ainda na década de 40 faz uma série de auto-retratos, entre eles “O Homem Desesperado” (1845).
Gustave Courbet, influenciado pelos ideais de democracia e socialismo que se seguiram à revolução de 1848, partilhava com seus contemporâneos, a crença de que a arte poderia ser uma força social. O grupo desprezava os valores burgueses e defendia valores novos para a sociedade, aliando-se com isso ao apelo do povo francês que esperava mudanças profundas no país, que vivia um período de muita miséria. Publicou um manifesto contra as tendências românticas e neoclássicas.
O movimento artístico que foi chamado de “Realismo” substituiu os temas grandiosos e heroicos do Romantismo, por visões simples do cotidiano e o sentimentalismo pela observação imparcial e objetiva. Evitavam as pinceladas intensas e dramáticas dos românticos, preferindo fazer suas pinturas claras e precisas, com temas de fácil compreensão, em particular os temas sociais.
Os pintores realistas – como Gustave Courbet – voltaram-se para representar as cenas da vida cotidiana e os flagrantes populares, muitas vezes impregnados de ideias políticas. Dizia Courbet “A pintura é uma arte essencialmente objetiva e consiste na representação das coisas reais e existentes”.
Foi inspirado em representar as novas ideias em sua arte, que em 1851, Courbet escandalizou Paris com a exibição de seus quadros “O Retorno da Feira de Flagey” “Enterro em Ornans” e “Os Quebradores de Pedra”, em que retratou aldeães humildes, camponeses e lavradores ao invés de deuses, heróis e figuras bíblicas temas usuais na época. Em 1855 pintou o enorme quadro “O Estúdio do Pintor”, onde estava rodeado de camponeses e amigos parisienses.
Revolucionário e provocador, Courbet abraçou a filosofia anarquista de Proudhon e em 1871 participou da Comuna de Paris – o primeiro governo socialista, de curta duração, assumiu o comando da Federação dos Artistas da França. Com a derrota da Comuna, o artista foi preso, sentenciado e condenado a seis meses de prisão pela destruição da Coluna Vendôme, um símbolo da autoridade napoleônica. Depois de cumprida a pena, Courbet se exila na Suíça, onde morreu na miséria.
Gustave Courbet faleceu em La Tous-de-Peilz, Suíça, no dia 31 de dezembro de 1877.
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