Henri Fantin-Latour, Poppies (1891)

Óleo sobre tela. Quadro exposto no:Art Gallery of South Australia – Adelaide

• Edição Limitada: 530 exemplares

Ignace Henri Jean Fantin-Latour, (1836-1904) nasceu de uma mãe russa e do pintor de retratos francês e tutor de desenho, Theodore Fantin-Latour. Aos 5 anos mudou-se com a família para Paris, onde começou a estudar desenho sob a orientação do pai. Mais tarde, entre os 14 e os 18 anos, estudou com o artista plástico Horace Lecoq de Boisbaudran, conhecido por fazer com que os seus alunos observassem as obras expostas no Louvre e depois tentassem reproduzi-las de memória.

Fantin-Latour é amplamente celebrado por uma série de peças de flores e naturezas mortas suntuosas e primorosamente detalhadas. Ele produziu muitas outras obras importantes, no entanto, notavelmente vários retratos de grupo de artistas e escritores contemporâneos de prestígio. Seus retratos de grupo agora são documentos históricos vitais, uma vez que reuniram muitas figuras-chave associadas à ascensão da vanguarda francesa, incluindo Ingres, Delacroix, Carot, Manet e Baudelaire. No entanto, e embora estivesse intimamente associado à trupe, Fantin-Latour permaneceu como um estranho, visto que sua própria arte tinha raízes na pintura holandesa da Idade de Ouro do século XVIII. Embora um artista firmemente enraizado na tradição realista, ele ainda estava disposto a explorar uma paleta mais expressiva por meio de suas incursões em narrativas míticas baseadas em importantes obras operísticas. Em seu período tardio, Fantin-Latour ampliou seu interesse pela ópera, trazendo narrativas performáticas à vida por meio de uma série de litografias bem executadas.

Após os primeiros contratempos com seu retrato, Fantin-Latour voltou sua atenção para pinturas florais de natureza morta. Suas primeiras obras foram marcadas por uma pureza e facilidade de composição. Conforme ele progrediu, no entanto, suas naturezas mortas tornaram-se mais complexas e detalhadas. Na verdade, seu olho para os detalhes finos, que até então distinguiram seu retrato, foi aprimorado em naturezas mortas, permitindo-lhe produzir composições florais de detalhes quase fotográficos.
Fantin-Latour continuou a trabalhar com retratos, através do qual ele finalmente estabeleceu uma segunda posição no mercado. Ele ganhou ainda mais reconhecimento e prestígio por seus retratos de grupo de outros artistas, que receberam elogios por seu notável virtuosismo e pinceladas finas. Seus retratos confirmaram seu relacionamento com outros contemporâneos, incluindo James Abbott McNeill Whistler, com quem compartilhava uma grande afinidade artística.
Complementando seu trabalho anterior com grupos, Fantin-Latour produziu uma série de retratos “domésticos” refinados. Renderizados por meio de uma paleta de cores suaves e apresentando membros da família e conhecidos íntimos ocupados nas atividades cotidianas, esses retratos devem muito ao estilo da Idade de Ouro holandesa e ao pintor francês do século XVIII Jean-Baptiste Siméon Chardin.
Embora (com razão) renomado como realista, Fantin-Latour obteve sucesso com temas mais fantásticos que antecipariam as convenções do simbolismo. Suas narrativas líricas e mitológicas foram reproduzidas por meio de um trabalho poético, poético e sem esforço, e de uma paleta mais animada e multicolorida.